Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

terça-feira, 9 de junho de 2009

Festas da Cidade 2009

Manhã chuvosa. Inacreditável para tal data. Tratam-se das Festas da Cidade de Amarante. Sempre caracterizadas por um cheirinho estival, este ano encontravam-se debaixo de um pluvioso fogo cerrado. Mais não era do que as condições que nos eram concedidas para fazer parte dos festejos. E seria com isto que partiríamos para o nosso trabalho de entreter, colorir, dar brilho e ilustrar as Festas de Junho.

Na manhã chuvosa de Sábado, dia 6, elementos, directores e amigos da Banda Musical de Amarante reuniram-se no complexo desportivo da Costa Grande para o tradicional jogo de futebol de cinco entre amigos. Divididos unicamente pela cor das camisolas (Azuis vs. Brancos), este grupo de amigos transpareceu a união e boa disposição corrente na Instituição. A vitória dos Brancos por 10-7 mais não foi que o corolário de uma manhã divertida e saudável certamente, como o é qualquer período reservado à prática desportiva – para além de uma boa exibição daquela equipa, obviamente.

Mas o mais importante viria, certamente, dali a umas horas. Por volta das 14 horas e meia, a Banda Musical de Amarante apresentava-se ao serviço, no interior da sua sede. Acontecia que no exterior chovia a cântaros. Só após um pequeno tempo de espera se reuniram as condições meteorológicas para a prática musical filarmónica. Era agora tempo de arruar pela cidade abaixo, estreando assim o mais novo executante do grupo: João Pedro Cerqueira vestia a farda azul pela primeira vez, incluído no naipe dos trompetes. O arruado começou em sta. Luzia, seguindo pela principal artéria da cidade, a rua Cândido dos Reis, parando em frente ao mosteiro de S. Gonçalo, só acabando na rua 31 de Janeiro. Fechava o arruado, com o mesmo trajecto, a banda nossa congénere que nos iria acompanhar nas festividades, a Banda de S. Martinho de Mancelos.

Após o arruado, era agora tempo dos concertos. Nos dois coretos no largo de S. Gonçalo, lutando contra a chuva – e, diga-se, vencendo – as bandas executaram obras variadas do seu repertório. Na de Amarante, a harmonia foi encontrada com a máxima dedicação de todos, apesar de tais condições. O novo repertório foi trazido a público mais uma vez. Foi possível mostrar o trabalho árduo de Sábados a fio em trabalho, o brilho dos objectivos atingidos nesse trabalho e as vantagens da escola de música da Banda com a execução por parte dos professores de todos os naipes que incluíram o grupo nestas festividades, sem excepção. Em formato de pergunta-resposta entre as duas bandas, o concerto terminou duas horas depois ao seu início. Viria agora o tempo para jantar.

Retomar-se-iam os trabalhos as 22 horas, para o concerto da noite, o expoente das Festas. O povo vibrou com a execução, obra após obra, aplausos após aplausos. Os executantes deram tudo, atingindo o estado de prazer na execução de cada nota, algo quase transcendente. A Banda mostrou o seu som, sempre o mais refinado possível. O repertório pautou-se pela já habitual inovação e movimento. Acabaria à meia-noite para, finalmente, os músicos poderem também, como qualquer outro cidadão aproveitar as festas que, não tardaria, iriam ser abrilhantadas pelo tradicional fogo-de-artifício.

No dia seguinte, Domingo dia do Senhor, as bandas apresentar-se-iam uma hora mais cedo. Novamente o arruado e novamente um concerto. Nem parecia que tinha havido serviço no dia anterior. A energia mantinha-se, o brilho também e o repertório não parava de mostrar música apetecível e inovadora. Sempre debaixo do perigo da chuva, partiu-se para a procissão. Num trajecto desde o mosteiro até sta. Luzia (e pelo caminho de volta), as bandas revezaram-se na execução das marchas solenes.

No fim desta procissão, o Pe. José Manuel Miranda proclamaria a palavra de Igreja sobre estas festas, finalizando-se com um bonito show de lançamento de cravos, a flor associada a S. Gonçalo.

O céu não apresentava melhorias e a energia da festa foi finalmente vencida. As marchas alegóricas com as quais a festa findava eram canceladas pela organização. O estado do tempo não permitia qualquer tipo de certezas, pelo que não se iria realizar o desfile. Nada que não tirasse o sabor destas festividades. As Festas da Cidade são dos serviços mais apetecíveis e esperados por nós. E, contra a chuva, demos duas voltas ao mundo, três a Amarante e mostrámos o nosso trabalho, gozando da arte que praticamos com todo o amor.

Espera-nos nada mais que o resto da temporada. Cá estaremos.

Fica só o programa dos três concertos pela Banda Musical de Amarante:
- Sábado de tarde:
Consuelo Císcar, Ferrer Ferran
Cavalaria Ligeira, Franz von Suppé
Fate of the Gods, Steven Reinecke
Uvas do Douro, Duarte Ferreira Pestana
Santana – a portrait, Carlos Santana/arr.: G. Gazzani

- Sábado à noite:
Olé! Contrabandistes, Ramon Garcia i Soler
Guilherme Tell, Gioacchino Rossini
A Volta ao Mundo, Paul Yoder/Harold Walter
Xutos Medley, Luís Cardoso
Português Suave, Carlos Marques
76 Trombones, Meredith Wilson/arr.: Naohiro Iwai

- Domingo de tarde:
Campinos Scalabitanos, Samuel Pascoal
Ross Roy, Jacob de Haan
Le Merle Blanc, Eugène Damaré
As 11 Partidas do Mundo, Amílcar Morais
Canções da Tradição, Luís Cardoso

Sem comentários: