Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Páscoa em S. Gonçalo - Dois quadros

Quadro I
Um ano atípico, no que diz respeito a clima. Chegávamos à Sexta-Feira Santa, dia 2 de Abril e o cenário era mau para quaquer actuação ao ar livre. Chuva miúda, forte, de todos os géneros. Impossibilitava o nosso acompanhamento na procissão fúnebre da morte de Jesus Cristo. Após um pequeno ensaio e a constatação de tais impossibilidades para a ocorrência do nosso serviço, coube ao Director Artístico Fernando Marinho a iniciativa de dirigir um ensaio geral, aproveitando a presença de todo o corpo activo. A qualidade do nosso Director ficou bem patente pela forma como trabalhou a qualidade sonora, afinação e fraseamento das melodias ensaiadas. Com certeza que, após tal trabalho árduo em boa parte do ensaio, a interpretação da peça sobre a qual incidiu grande parte dessa prática foi de um nível já bastante aperfeiçoado. Não foi tempo perdido de certeza. Ir-se-ia ensaiar no dia seguinte novamente, mas uma etapa evolutiva estava assim queimada, em plena hora de serviço.

Quadro II

Chovera caprichosamente nos dias anteriores. Mas, no dia de Páscoa, o Sol voltou a brilhar. O frio inicial, que gelava os dedos, chegou a enganar, mas o resto do dia trouxe um aspecto mais primaveril a esta celebração pascal.
A Banda Musical de Amarante apresentou-se logo de manhazinha na igreja de s. Gonçalo, de modo a acompanhar a Visita Pascal desta paróquia, percorrendo-a até todos os seus limites. Privados de um executante em tuba, Miguel Marinho, por uma lesão na perna e de três outros executantes por motivos profissionais, a Banda apresentou-se com um corpo de músicos bem composto, o que equilibrou o seu som, acrescentando-lhe riqueza tímbrica. Partiu-se então nesta jornada, revendo os trilhos percorridos nos outros anos, adicionando novos, para não discriminar ninguém nesta visita.
A pausa para almoço trouxe nova força aos executantes, para, durante a tarde, subirem ao lugar do Campo da Feira. A partir daí, a caminhada seria em direcção ao mosteiro. Paragem na casa da executante em clarinete Beatriz Monteiro que, tal como de manhã fizera o executante em Saxofone Barítono Agostinho Ribeiro, amigavelmente recebeu os seus companheiros para um pequeno lanche. A visita aos Bombeiros Voluntários, intepretando uma marcha ao som das sirenes é, sem dúvida, um ponto assinalável. Passou-se pelo centro, visitanto ruas e ruelas com as cruzes da Visita Pascal, até faltar somente a caminhada para a igreja. Findou lá o serviço, com a interpretação da marcha "Caçadores do 1", de Amílcar Morais.
Assim, após um dia inteiro a tocar, conviver, brincar e a marchar, a Banda Musical de Amarante terminou a cansativa viagem pela única terra a quem o deve - Amarante. Agradece-se muito a presença dos músicos colaboradores em tal serviço, muitos dos quais iriam repetir a façanha no dia seguinte. agradece-se aos músicos em geral a sua força para enfrentar as dificuldades e garantir o bom ambiente em toda a festa; aos directores, sempre presentes durante o dia, na carrinha que proporcionava mobilidade aos materiais que iam sendo precisos durante o dia; ao director artístico e ao maestro que nos guiaram por esta caminhada, mais um ano.

É muito bonito ver a Banda a passar no dia de Páscoa. Mas as pessoas terão de se lembrar, nos anos que aí vêm, que, se querem a Banda (e mesmo a Visita Pascal em geral), têm que dar dinheiro e outro qualquer contributo que sirva para ajudar. Isso é essencial para a paróquia que paga os serviços e também para a Banda que investe no dia. Também é necessário lembrar que a cidade é muito grande quando palmilhada a passo. Se a Banda não visita uma rua ou um beco que seja, não o faz propositadamente, mas sim por informação mal dada ou por engano. Pedimos desculpa quando falhamos mas também pedimos paciência, pois somos humanos.

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